Todos que me conhecem sabem que sou natural de Eunápolis, município do Extremo Sul do Estado. Terra que deixei na Páscoa de 2001. Viajei e, quando retornei a Bahia, vim para Itabuna, cidade de médio porte e ainda com espírito coronelista devido ao apogeu vivido no passado pelo ouro chamado cacau. Mas falarei sobre Itabuna no momento oportuno.
Eunápolis hoje alcança sua maior idade, e aos 21 anos vive um fulgente momento, que, segundo o Secretário de Indústria e Comércio, Eunápolis é uma das cidades que mais cresce no país.
Eunápolis era conhecido no passado como 64, surgiu às margens da BR 101 quando estava sendo construída, e sempre era citada na mídia nacional como maior povoado do mundo. Com a construção da BR vieram também a exploração da madeira, que atraiu capixabas para o povoado, assim como, pessoas de outras regiões do país para todo o extremo sul baiano. Todos com um único objetivo; a exploração de madeira de lei, um comércio de extremo lucro.
O nome do município é uma homenagem a Eunápio Peltier de Queiros, que na época era secretário estadual de Viação e Obras Públicas. Ele foi responsável pela desapropriação de fazendas ao redor do núcleo de residências que se formava, doando-as para a formação do povoado. As terras eram divididas entre os municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. Em números Porto Seguro tinha 20% e Santa Cruz Cabrália 80%, o que gerou uma rivalidade e protelou o processo de emancipação, pois o povoado tinha dois administradores, de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália.
Em 1962, o vereador Moisés Reis de Porto Seguro sugeriu a emancipação do povoado, entretanto, foi recusado. O deputado federal Henrique Cardoso em 1975 também propôs a emancipação. Em 1985 alguns políticos locais foram contra o plebiscito, impedindo sua realização. Porém em 1988 o plebiscito tornou-se uma realidade, proposto pela comição de emancipação e o deputado estadual José Ramos Neto.
O projeto que garantiu a emancipação foi o de nº 5284/81, autoria do deputado Carlos Araújo.
O plebiscito movimentou todo o povoado, que ficou dividido. Nesse impasse, os militantes do SIM passaram a votar várias vezes, o que garantiu a emancipação.
E finalmente em 12 de maio de 1988, o governador do Estado, Valdir Pires assinou o decreto nº 4770, que emancipou o povoado.
Essa é história de minha cidade, que com astúcia zarpa para novos caminhos.
Foto aérea
terça-feira, 12 de maio de 2009
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