segunda-feira, 20 de abril de 2009

Viver


Viver nunca foi somente respirar. Porém, estar vivo pode ser somente respirar. Contudo, as vezes nos perguntamos o que é viver? E geralmente esses questionamentos surgem nos momentos mais difíceis de nossas vidas. Sentimos também aquela vontade incontida no peito de voltar a ser criança. Ah, como era gostoso chegar da escola e sentir cheiro da comida da mãe. Bom também era quando brincávamos incansavelmente de bicicleta no final da tarde, a hora passava – assim como os anos, que chegavam um pouquinho a cada noite.
Crescemos, aprendemos a viver – a respirar - e o cheiro da comida mudou. Tudo mudou. Não exatamente pelo fato de não sermos mais criança, e sim por que o mundo mudou. Ou será que as pessoas mudaram? Ou será que fomos nós?
Essa é a nossa grande dificuldade. Não sabemos responder a nossas próprias perguntas. Das mais simples como: por que amamos? Às mais complexas como: por que deixamos de amar?
Queríamos que tudo estivesse escrito nas estrelas para podermos colar- sem ninguém ver - e resolver tudo. E sairmos no mais puro gozo para viver. Mas ainda não sabemos se viver é estado ou ação.
Só que não se pode voltar ao marco zero da história. A linha do trem segue para frente. E será que podemos definir viver como a dita linha do trem, que segue numa retidão objetiva e constante para chegar à estação? Certamente a nossa estação é o ápice de nossas alegrias. Lotada por um misto de sensações temente ao que, viver é escolha de cada um. Ora atua o viver, ora assisti-se o viver.



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