O subtenente reformado da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Antônio Módulo Sobrinho, de 68 anos. Atuou na polícia por 22 anos. Com trabalhos ostensivos, guarda-vidas do Corpo de Bombeiros, e também no presídio Carandiru. Por 20 anos Antônio conseguiu esconder sua vida pessoal.
O policial reformado tem uma relação estável com Guilherme Mallas Filhos, de 56 anos, há quase 41 anos. E desde fevereiro de 2006 o casal luta na justiça para que Guilherme seja beneficiário do companheiro na Caixa Beneficente da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Numa decisão extraordinária do juiz Rômulo Russo Jr., da 5ª Vara da Fazendo Pública, o casal obteve a primeira vitória. “O cargo choca, mas não é indigno ser homossexual em nenhuma profissão”, diz Russo Jr. Ele também explica que como não há uma legislação para casos como esse, o juiz deve agir como legislador, já que existe uma lacuna na lei. “Eles provaram que mantêm uma união estável, têm conta conjunta desde 1987, e que existe uma relação de afeto e dependência econômica. Não há razão para que Guilherme não seja beneficiário do companheiro.”
A Caixa Beneficente da Polícia Militar recorreu e o caso vai para o Tribunal de Justiça do Estado. Mas o magistrado Russo concedeu tutela antecipada, o que significa, que até fim do processo, se Módulo morrer nesse período, Guilherme terá direito a pensão. A disposição é que a sentença dada pelo juiz se mantenha.
Uma atitude como essa, faz cair por terra toda à ostentação da Polícia Militar, e significa a quebra de uma corrente de realidade histórica, que eles insistem em ignorar.
Quando Módulo foi descoberto, sofreu duras penas por seus superiores. Foi obrigado a passar 8 dias aquartelado e respondeu Inquérito Policial Militar por pederastia – homossexualismo masculino. Foi transferido, saiu de Santos e foi para São Paulo, trabalhou no controle de entrada e saída do Carandiru. Permaneceu lá por um ano, nesse período já estava com a saúde fragilizada, devido a um tombo que levou em treinamento no Corpo de Bombeiros, além de, que com toda a história à tona, Módulo entrou numa depressão profunda. Guilherme parou de trabalhar e foi cuidar do companheiro em dedicação total. E esse é o principal argumento que a advogada - Márcia Arbbrucezze Reyes- usa em defesa do casal. Além de testemunhas que comprovam a relação estável e duradoura do casal.
Com esse fato a legislação pode começar a ganhar novos rumos.
Fotos Bruno Schultze
O policial reformado tem uma relação estável com Guilherme Mallas Filhos, de 56 anos, há quase 41 anos. E desde fevereiro de 2006 o casal luta na justiça para que Guilherme seja beneficiário do companheiro na Caixa Beneficente da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Numa decisão extraordinária do juiz Rômulo Russo Jr., da 5ª Vara da Fazendo Pública, o casal obteve a primeira vitória. “O cargo choca, mas não é indigno ser homossexual em nenhuma profissão”, diz Russo Jr. Ele também explica que como não há uma legislação para casos como esse, o juiz deve agir como legislador, já que existe uma lacuna na lei. “Eles provaram que mantêm uma união estável, têm conta conjunta desde 1987, e que existe uma relação de afeto e dependência econômica. Não há razão para que Guilherme não seja beneficiário do companheiro.”
A Caixa Beneficente da Polícia Militar recorreu e o caso vai para o Tribunal de Justiça do Estado. Mas o magistrado Russo concedeu tutela antecipada, o que significa, que até fim do processo, se Módulo morrer nesse período, Guilherme terá direito a pensão. A disposição é que a sentença dada pelo juiz se mantenha.
Uma atitude como essa, faz cair por terra toda à ostentação da Polícia Militar, e significa a quebra de uma corrente de realidade histórica, que eles insistem em ignorar.
Quando Módulo foi descoberto, sofreu duras penas por seus superiores. Foi obrigado a passar 8 dias aquartelado e respondeu Inquérito Policial Militar por pederastia – homossexualismo masculino. Foi transferido, saiu de Santos e foi para São Paulo, trabalhou no controle de entrada e saída do Carandiru. Permaneceu lá por um ano, nesse período já estava com a saúde fragilizada, devido a um tombo que levou em treinamento no Corpo de Bombeiros, além de, que com toda a história à tona, Módulo entrou numa depressão profunda. Guilherme parou de trabalhar e foi cuidar do companheiro em dedicação total. E esse é o principal argumento que a advogada - Márcia Arbbrucezze Reyes- usa em defesa do casal. Além de testemunhas que comprovam a relação estável e duradoura do casal.
Com esse fato a legislação pode começar a ganhar novos rumos.
Fotos Bruno Schultze
Nenhum comentário:
Postar um comentário